terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ironia Iminente

    Acabo de me dar conta de duas prováveis ironias iminentes: A nossa evolução (não que eu acredite muito nela) deve muito ao polegar opositor e é justamente nele que, daqui uns anos, uma geração inteira terá problemas por usar em demasia um aparelho de uma "sociedade evoluída", o celular. O dedão ficou tão importante que os outros dedos só servem para sustentar o palco onde ele "arrasa". A outra ironia é que, pouco antes do nosso estágio da evolução, éramos chamados de "Homo erectus" (veja bem, isso era antes do "Neandertal") e as pessoas, obviamente, não levam o celular à frente do rosto mas, levam o rosto ao celular e andam cada vez mais curvadas (pra frente, é claro, não imaginem vocês que eu estou considerando que a evolução continuou e que depois de ficarmos "de pé" daríamos um "salto mortal" para trás).  Quantas vezes eu reparei que no caminho, dentro de um mesmo vagão de trem, o grande número de pessoas que mexiam no celular, não que falavam, mas que apenas mexiam. Obviamente esse número poucas vezes foi superado pela contagem de leitores de papel (de qualquer espécie), eu mesmo contribuí na contagem dos dois lados, mais do lado que eu não queria... Sim é prático, blá blá blá, mas não é possível que só eu ache estranho os sintomas da versão moderna do "olhar o próprio umbigo", não por esse umbigo ser "móvel" e ser acariciado inúmeras vezes ao dia por um polegar (isso soou muito mal), mas pela potência do magnetismo que ele exerce no seu proprietário (entenda "proprietário" como quiser, o importante é que cada celular tem o seu!).

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